Vencedora da Cobrex escreveu sobre uma laranjeira sensível
Renata da Silva Alves, uma moradora de 24 anos da Estrada de Santa Rita, em Três Corações, saiu feliz da vida da Vila Olímpica de Nova Iguaçu na tarde do último sábado. É que ela levava na bolsa um vale para 10 horas de internet em uma lan house da Cobrex, onde está freqüentando a Turma A da Escola Municipal Herbert Moses. Ela ganhou os prêmios por causa da história “A laranjeira do meu quintal”, na qual escreveu sobre uma laranjeira “que não servia de nada”, não dando nem sombra nem frutos para a sua família.
Escrever sobre essa história, que ela leu com desembaraço para os 36 jovens que freqüentam a sua turma, fez com que Renata entrasse em contato com uma infância idílica, com fortes componentes mágicos. Nessa história, ela também lembrou o cajueiro em cima do qual queria construir uma casinha com a prima, que o pai não deixou. Esse cajueiro, “uma árvore grande, com folhas verdes de uma cor espetacular e galhos extravagantes”, não resistiu a “uma forte tempestade, com ventos e trovões superpoderosos”.
No mesmo quintal visitado por Renata para escrever sobre a laranjeira, havia uma jaqueira igualmente frondosa. Essa jaqueira tem pelo menos duas vantagens em relação ao cajueiro. É que, além de ter resistido ao tempo, Renata adora “sua belas jacas grandes”. Tinha um “sabor incomparável” e “não era molenga”, como as outras jacas que provara. Apesar da sua fixação no cajueiro, Renata não gostava dos seus frutos.
A laranjeira inútil
Já a laranjeira só passou a ter utilidade depois que suas raízes ameaçaram o poço artesiano construído pela família no fundo do quintal. “Vamos cortar essa árvore”, disse a mãe, segundo o texto de Renata. “Ela não presta para nada e ainda vai destruir o meu poço.” A laranjeira, que até então muito mal servia folhas para chá, começou “a ficar florida e a dar laranja que é uma beleza”. Renata aprendeu então que as plantas têm sentimento.
Mas a vida de Renata está longe de se restringir ao quintal da sua casa – e não foi à toa que ela escreveu um texto tão cristalino. Ainda não se casou nem teve filhos, mas essa futura radiologista não perde oportunidade de se especializar. “Já fiz curso de informática, telefonista, auxiliar de pessoal, telemarketing e administração”, enumera ela, que agora vai fazer um de atendente de farmácia.
Um comentário:
Essa historia é muito boa mesmo amiga.gostei pra caramba!!!
e espero que todos que leem,goste tanto como eu gostei.
na nossa turma tem muitas historias lindas,engraçadas e emocionantes..rsrs
beijos
Postar um comentário